Monday, April 07, 2008

Pó de Pinheiro

Com a chegada da primavera os grãos de pólen são libertados em grandes quantidades por certas plantas entre as quais os pinheiros.
Através do processo de polinização, as espermatófitas cumprem o seu papel reprodutivo pois transferem os grãos de pólen de uma flor para o estigma de outra flor ou para o seu próprio estigma.
Através deste processo o gâmeta masculino pode alcançar o gâmeta feminino, fecundando-o.
Os grãos de pólen apresentam uma variedade enorme em termos de formas e tamanhos, sendo a ornamentação dos grãos, típica de cada família de plantas ou mesmo de cada espécie. Ao microscópio óptico adquirem aspectos bastante interessantes e à vista desarmada nem imaginamos o quão bonitos podem ser cada um dos grãos de pólen.
Os pólenes são constituídos por proteínas, apresentando uma parede - esporoderme - dura e muito resistente a acções mecânicas e químicas a que possam ser sujeitos. A dureza da parede possibilitou no passado da história biológica, a fossilização destas estruturas reprodutivas, permitindo hoje aos cientistas, o acesso a grãos de pólen fóssil para a reconstituição da flora do passado da Terra. A esporoderme é constituída por duas camadas sobrepostas, uma mais interna e outra mais externa. A mais interna é de natureza celulósica – péctica e tem o nome de intina.
A camada mais externa apresenta diversas ornamentações e é a mais espectacular nas observações com diferentes ampliações; é a exina sendo constituída por cutina, uma substância lipídica incrustante que confere resistência às estruturas vegetais, para além de proteger contra a desidratação. Pesquisas recentes revelaram que os grãos de pólen são alimentos bastante completos em termos nutritivos pois contêm grande variedade de aminoácidos (é o caso da prolina), tendo ainda na sua composição sais minerais (cerca de 4% em média) e vitaminas.
O pólen dos pinheiros constitui um pó amarelado visível a olho nú, libertado em grandes quantidades.
Através do vento (polinização anemófila) podem viajar centenas e centenas de quilómetros. Nos dias de chuva formam-se uns depósitos amarelados em valetas que correspondem principalmente ao pólen libertado pelos Pinheiros.

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