Thursday, July 31, 2008

Pequim - A cidade proibida

A pouco mais de uma semana dos Jogos Olímpicos mais medidas de última hora são tomadas para reduzir a poluição que paira quase permanentemente sobre a cidade de Pequim, capital do país que acolhe a próxima edição do evento desportivo. Os organizadores estão empenhados em fornecere "ar puro" aos atletas e às suas comitivas.
No pacote de medidas temporárias para esconder e diminuir a poluição sempre presente na capital que não para de crescer um pouco mais todos os dias encontra-se a redução do tráfico automóvel (que tomou conta de Pequim a par da intensa circulação de bicicletas) e o fecho temporário das fabricas poluentes da cidade.
Os organizadores estão empenhados em aproveitar os Jogos Olímpicos para projectar uma nova imagem da china moderna. Mas entretanto, as contradições continuam a ser muitas:os jornalistas terão restrições na consulta da internet - muitos sites de cadeias noticiosas encontram-se permanentemente bloqueados à população chinesa. A pobreza é demasiada numa população que muitas vezes não ganha para o arroz e para os vegetais. Quanto aos direitos humanos e à questão do Tibete...

Para pensar

"A person starts to live when he can live outside himself."

Cuil - O novo Rival

O lider indestronável dos motores de busca, Google tem desde ontem um novo rival criado por antigos funcionários da empresa.
Este facto tem merecido algum destaque na blogosfera e segundo o expresso pouco ou nada positivas têm sido as críticas ao novo motor de busca.
O nome Cuil pronuncia-se "Cool". A página de entrada apresenta-se com um fundo negro em vez do fundo branco Google. Os resultados da pesquisa aparecem distribuídos em colunas e não numa sequência vertical como no Google. Por mim continuarei a usar o Google.
O novo Cuil pode ser experimentado aqui.

Gato por Lebre

Segundo o Pedro Sales do blog Zero de Conduta o novíssimo computador Magalhães é na verdade uma nova geração do Classmate PC da empresa Intel que pretende expandir a quota de mercado conquistando novos compradores em países com mercados emergentes, como é o caso de Portugal.
Na verdade e segundo o mesmo blog o Magalhães existe há algum tempo noutras paragens como a Índia,com o nome de MiLeap X e na Inglaterra com o nome de JumpPC.
Ou seja, não só o computador não tem nada de novo (as características divulgadas são idênticas em todas as versões) como a única coisa portuguesa nisto tudo é a localização da fábrica em Matosinhos, o capital que foi investido e a parca mão-de-obra.
Para aceder ao artigo de Pedro Sales aqui. Para aceder ao site da Intel

Saturday, July 19, 2008

Óleos que Ganham Vida

A partir de 15 de Julho, a AMI lança ao público um projecto que conta com a participação de milhares de restaurantes, hotéis, cantinas, escolas, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais. A AMI dá assim continuidade, à aposta no sector do ambiente como forma de actuar preventivamente sobre a degradação ambiental e sobre as alterações climáticas, responsáveis pelo aumento das catástrofes humanitárias e pela morte de 13 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS. Quem quiseer entregar os óleos usados poderá fazê-lo a partir de agora. A entrega deve ser efectuada numa garrafa fechada, dirigindo-se a um dos restaurantes aderentes, que se encontram identificados, cuja listagem poderá ser consultada no site http://www.ami.org.pt/. Os estabelecimentos que pretendam aderir recebem recipientes próprios para a deposição dos óleos alimentares usados através do telefone gratuito - 800 299 300. Este novo projecto ambiental da AMI permitirá evitar a contaminação das águas residuais, que acontece quando o resíduo é despejado na rede pública de esgotos e a deposição dos óleos em aterro. Estes resíduos poderão assim ser transformados em biodiesel fornecendo uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, contribuindo desta forma para reduzir as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Ao contrário do que por vezes acontece com o biodiesel de produção agrícola, esta forma de produção não implica a desflorestação nem a afectação de terrenos nem concorre com o mercado da alimentação. São produzidos todos os anos em Portugal, 120 milhões de litros de óleos alimentares usados, quantidade suficiente para fabricar 170 milhões de litros de biodiesel. Este valor corresponde ao gasóleo produzido com 60 milhões de litros de petróleo, ou seja, o equivalente a cerca de 0,5% do total das importações anuais portuguesas deste combustível fóssil. A AMI dá assim a sua contribuição para favorecer a independência energética do país, atingindo este objectivo de forma sustentável e com uma visão de longo prazo, não comprometendo outros recursos igualmente fundamentais para o desenvolvimento da sociedade e para o bem-estar da população. Segundo a União Europeia, o futuro do sector energético deverá passar pela redução de 20% das emissões de GEE até 2020, assim como por uma meta de 20% para a utilização de energias renováveis. Refere ainda uma aposta clara na utilização dos biocombustíveis, que deverão representar no mínimo 10% dos combustíveis utilizados. A UE determina ainda que os Estados-Membros deverão assegurar a incorporação de 5,75% de biocombustíveis em toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes até final de 2010 e o Governo anunciou, em Janeiro de 2007, uma meta de 10% de incorporação de biocombustíveis na gasolina e gasóleo para 2010. As receitas angariadas pela AMI com a valorização dos óleos alimentares usados serão aplicadas no financiamento das Equipas de Rua que fazem acompanhamento social e psicológico aos sem-abrigo, visando a melhoria da sua qualidade de vida.

Wednesday, July 16, 2008

G8

O G8 e a redução de gases com efeito de estufa numa meta nada ambiciosa... 2050!
Um cartoon de António Jorge Gonçalves, publicado no jornal Público.

Sunday, July 13, 2008

Metro no Japão

A crise do petróleo também afecta o Japão...ou então vão todos para o trabalho ao mesmo tempo. De salientar que as autoridades dão sempre uma ajudinha.

Tuesday, July 08, 2008

Notícias da organização AVAAZ (vozes)

The vast majority of the world's people want urgent, bold action on climate change -- but here at the G8 summit, three politicians stand in the way. Canada's Harper, Japan's Fukuda, and the United States' Bush are refusing to discuss climate targets for the year 2020. Scientists agree that the next 12 years will make or break our response to the climate crisis. But if the facts haven't grabbed these leaders' attention, something else might: humour. Avaaz has arranged a full-page satirical advert for Tuesday's global Financial Times newspaper, shaming Harper, Fukuda, and Bush for their climate irresponsibility. The paper will be delivered to the hotel rooms of every G8 delegate.
Together, we can make it costly and embarrassing enough that these leaders will think twice before squandering another opportunity for climate progress.
Click below to endorse its important message and then pass this email on to your friends and family!
Why this last-moment push? Our strategy is based on two important stories--Australia and Bali.[2] At the UN climate negotiations in Bali, Harper, Fukuda, and Bush were trying to block any reference to climate targets for the year 2020 -- just as they are now at the G8. But a global uproar turned the tide. Negotiators from the global South rose, one after the next, to demand that the spoilers step aside. Citizen groups in every nation raised their voices -- including 320,000 Avaaz members in the final 72 hours. And a satirical full-page Avaaz ad in the Jakarta Post (a remake of the Titanic movie poster featuring Harper, Bush, and Fukuda) made headlines worldwide. A major Japanese paper later reported that this ad was waved at a top-level Japanese cabinet meeting -- leading to a step forward in Fukuda's climate policy.
[3] The second story, of Australia, shows what happens when humour combines with mass political power. In Australia, former Prime Minister John Howard was as bad on climate as Harper, Fukuda, and Bush are now. Last fall, he chaired a summit global summit, APEC, where he tried to paint himself as a world leader on climate change. But Avaaz and other groups pushed back -- with stunts, marches, and a terrific parody television spot from our friends at GetUp, exposing Howard's charade and demanding real targets for climate emissions cuts. Climate change emerged as the defining issue of the election -- and when Howard lost, the first action of the new government was to ratify the Kyoto Protocol. Harper faces a difficult election this fall, and climate change is emerging as a key issue. In the US, the campaign to succeed Bush could hinge on climate policy. And Fukuda's political opponents are challenging him sharply on how to confront the climate crisis. In short, Our global efforts now can send political shock waves through all three countries. It's up to us to raise a cry once again.
We can't always be certain of the results of our actions. But in the face of the climate crisis, it's worth trying everything we can. We make green decisions in our private lives. And when the big public decisions are made, if enough of us stand together -- this time, next time, and every time -- then, one way or another, our message will be heard. Our leaders will change ... or we'll change our leaders. With hope and determination, Ben, Iain, Alice, Ricken, Paul, Graziela, Pascal, Veronique, Mark, and Milena -- the Avaaz.org team PS: The climate change ad is one of four full-page ads we're running in the global Financial Times this week, all designed to multiply the impact of member-driven Avaaz campaigns. Look for them in the paper, or find them at http://www.avaaz.org/blog/en.
PPS: Here are the sources for this alert.[1] Global and Mail: "Climate-change goals fall short at G8"http://www.theglobeandmail.com/servlet/story/LAC.20080707.G807/TPStory/and AFP: "Climate deadlock seen at G8 despite 'constructive' Bush." http://afp.google.com/article/ALeqM5jP0zW0kW5h1m3Yl7omV7sk34R6hA
[2] See the ads and learn more about the Bali and Australia stories at http://www.avaaz.org/climate-victories.[3] Fukuda announced that Japan would adopt mid-term targets for 2020. That was a major step forward -- except that Fukuda now refuses to include these targets in the G8 negotiations. Moreover, though Fukuda has promised 2020 targets, he hasn't actually set them.

Saturday, July 05, 2008

Ainda a Propósito dos Exames...

Cliquem nas imagens para ampliar.

O sequestro do Dióxido de Carbono

O dióxido de carbono é um dos gases que mais contribui para o efeito de estufa terrestre. Embora hoje ao falar de efeito estufa se associe imediatamente a algo de prejudicial, este fenómeno é indispensável à vida na Terra pois sem ele, viveríamos nuns desconfortáveis -19ºC.
Um equipa de cientistas da Universidade Fernando Pessoa do Porto, liderada pelo geólogo Lemos de Sousa, encontra-se a estudar a possibilidade de utilizar as minas abandonadas que fazem parte da Bacia Carbonífera do Douro para sequestrarem o dióxido de carbono nas massas carboníferas, concretamente na antracite.
Confusos?
O método pretende injectar nos poros e nas fracturas desses carvões, o dióxido de carbono que passa a ficar guardado para a eternidade no seio dos carvões. Ao penetrar nos espaços vazios dos carvões, o gás empurra para fora o gás natural - chamado metano do carvão, podendo este constituir uma alternativa energética importante.
Na Europa, apenas a Noruega utiliza os jazigos petrolíferos no mar do Norte para proceder a esta técnica de sequestração geológica do dióxido de carbono nas massas petrolíferas. Mas este é ainda um processo que faz parte da especulação científica.
Existe um conjunto de incógnitas essenciais que falta compreender: se o ritmo de entrada e fixação do CO2 no carvão for inferior ao ritmo de produção do gás pelas empresas o processo deixa de ser interessante do ponto de vista industrial. Outra incógnita é saber a profundidade necessária para fixar o gás no carvão pois esta poderá corresponder a um valor onde já não existam jazigos carboníferos. A qualidade da água que resulta do carvão também é afectada tendo que ser tratada antes de entrar nos circuitos de distribuição.
Entretanto, com a crise do petróleo, a maioria dos países desenvolvidos incluindo os da União Europeia vão voltar-se de novo para o carvão como nova alternativa ao petróleo para a produção de energia. E sabemos bem as consequências da queima dos carvões: mais emissões de CO2 para a atmosfera. Quando se tenta resolver os males gerados pela formação de CO2 este facto parece contraditório, não?
A solução será definir quais as bacias a explorar para produção de energia e quais as que serão utilizadas para sequestrar o gás atmosférico com efeito de estufa.
E as fontes de energia renováveis? Bem, a energia eólica e a energia fotovoltaica ainda não constituem verdadeiras alternativas para alimentar a economia das empresas a nível mundial.