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Sunday, December 02, 2007

Oito perguntas sobre o Natal - IV

Porque é que, nesta altura há uma árvore de Natal num sítio qualquer da casa?
Escolhe-se um pinheiro por ser uma árvore verde no Inverno que se destaca na imensidão da neve, as únicas que não perdem folhas por mais frio que esteja.
Mas esta tradição rapidamente se propagou para os locais onde não há neve nem frio e o verde passou a ser a cor predominante na paisagem de Natal. Impôs-se a tradição, nascida do cruzamento entre o católico e o pagão e exportou-se a ideia para o resto do mundo.
A lenda diz que 800 anos depois de Cristo, São Bonifácio encontrou na Alemanha, um grupo de pagãos a adorar uma árvore. Enfurecido, decidiu cortá-la e do tronco decepado, nasceu um novo pinheiro. Aos olhos de Bonifácio, foi o sinal de que aquela terra de pagãos seria semeada pela fé de Cristo. A forma triangular do pinheiro encaixou na perfeição na simbologia cristã, com os três pontos a representar a Santíssima Trindade. Foi o início da tradição natalícia. No século XVI, os primeiros pinheiros enfeitados foram transportados para o interior das casas. A estrela, as velas e as luzes, tudo foi acrescentado a pensar na celebração do nascimento.
Não faltam lendas associadas a árvores. Com ou sem Natal, a árvore representa a natureza e o triunfo da vida sobre a morte.

Saturday, November 17, 2007

Oito perguntas sobre o Natal - Parte I

Apesar de há pouco tempo todos termos arrumado as t-shirts de manga curta, parece que é desta que o frio chegou mesmo. Assim, e para inaugurar a nova sondagem sobre os hábitos de consumo adstritos ao Natal, nos próximos tempos serão dadas respostas a oito questões relativas à quadra que se aproxima a ritmo galopante. Uma vez que é pelo prato que se conquistam algumas pessoas aqui vai a Pergunta do dia:
Quantos quilómetros viaja o bacalhau para chegar ao vosso prato?
São 2730,86 quilómetros em recta, a distância que separa a capital da Noruega, de onde vem a maioria do bacalhau consumido até à capital. Mas o bacalhau não chega assim tão facilmente à sua mesa pois percorre mais quilómetros. Normalmente fica retido em Ílhavo, onde estão as fábricas que o transformam no peixe seco e salgado que se vende nos mercados.
Todos os anos são importadas cerca de 8o mil toneladas mas já chegaram a ser mais de cem mil. Cada português come em média, oito a nove quilos.Mesmo assim, não tome o bacalhau que lhe chega todos os Natais ao prato como algo adquirido. Há mais de uma década que o peixe que se tornou prato tradicional anda a lutar pela sobrevivência. E mesmo com os limites impostos à captura não recuperou da pesca intensiva das últimas décadas porque não é uma espécie de fácil reprodução. O bacalhau atinge a idade adulta aos quatro anos, mas só a partir dos seis a fêmea chega à maturidade reprodutiva. Cada uma produz milhões de ovos por ano, mas apenas um em cada milhão sobrevive até à idade adulta. Existe registo de peixes capturados com 27 anos sendo casos raros. Hoje a espécie é mais uma com o carimbo de "espécie vulnerável". E muitos acreditam que só conseguirá voltar aos stocks de outros tempos se deixar mesmo de ser pescado. Os mares da Terra Nova, no Canadá, são o motivo de maior preocupação. Se estiverem preocupados e não conseguirem imaginar um Natal sem bacalhau, o melhor é apostar no peru. Pelo menos, até que os mares do norte se encham novamente de peixes.