Wednesday, April 25, 2007

DR. HOUSE

Perguntaram-me ontem (a rapaziada do costume) se tenho por hábito ver na TV a série multipremiada de sucesso internacional, Dr. House. Esta questão, serve agora de pretexto para a reflexão ligeira que se segue.
Existe, há alguns anos uma moda televisiva que invadiu as televisões de todo o mundo, com programas que retratam a vida nos hospitais, numa mistura interessante e apelativa para o telespectador mais mediano onde, por entre o drama, a tragédia, o horror... surgem representacões do dia-a-dia nos hospitais, com este ou aquele actor a destacarem-se pelo carisma que imprimem às personagens que vestem.
Não sendo de todo conhecedor a fundo do que se passa no interior dos hospitais, nem fazendo parte de nenhuma das classes profissionais representadas nestas séries, parece-me no entanto que, no caso de Dr. House, as questões médicas são abordadas de forma fantasiosa e pouco verosímil que tornam a série pouco credível. O diagnóstico médico é quase apenas conseguido através do olhar para a cara da pessoa; por outro lado a arrogância e solidão da personagem interpretada por Hugh Laurie, não tem em conta o trabalho de equipa e as certezas absolutas que tem acerca de tudo, tornam o personagem numa espécie de Indiana Jones das doenças e daquele hospital em particular.
Este médico seria responsável, com certeza, pela diminuição das listas de espera nos hospitais públicos portugueses. Mas para os colegas de trabalho, um osso muito duro de roer. Digo eu.

2 comments:

Anonymous said...

É bem verdade que, sendo leigo na matéria, todos aqueles diagnósticos/palpites, exames e tratamentos nos parecem pouco verosímeis.
Pelo menos é o que esperamos!
Porque alguns exames/análises são de arrepiar! E quanto aos diagnósticos, inspiram-nos pouca confiança na medicina – para não dizer na capacidade dos médicos – pois as mais das vezes andam às cegas: espeta aqui, corta ali, mira acolá… e o paciente a finar-se!
No entanto, um dia destes, vi um documentário sobre a série que garantia o rigor científico das situações.
Outra coisa é o protagonista que, de tão mau feitio, não padece apenas da perna coxa mas antes de entrevação da alma.
No entanto, ele tem aquele azedume social, aquela intolerância pela falta de inteligência, aquela auto/hetero-ironia que todos nós, em algum momento da vida, desejámos ter!
Simplesmente detestável!
Sempre que posso, …não perco um episódio!

smbc said...

Entendo o sentido do seu comentário. Apesar de reconhecer a sitaução descrita também sou um curioso (crítico) da série.
Bons episódios.