A bananeira é uma planta estéril, sem sementes, como se fosse um clone modificado da primeira banana, a banana selvagem, que existiu há 10 mil anos e não era comestível. Hoje o acesso a este fruto é devido ao facto de ser cultivada por estaca.
As pintas pretas que se observam no interior do fruto correspondem a ovúlos abortados, que dariam origem às sementes. Se existissem sementes no fruto, seriam em grande quantidade o que o tornariam difícil de comer, pois passaríamos o tempo a cuspir.
Em 1950 a banana da espécie Gros Michel era dominante e foi exterminada no Panamá por um fungo. A sua sucessora, chamada Cavendish, encontra-se ameaçada por uma epidemia global, que atinge plantações na África, na Ásia e nas Américas. Todas as variedades da banana moderna são descendentes de uma banana mutante estéril, cultivada desde a Idade da Pedra. Como cada uma é um clone da espécie inicial, o património genético é idêntico para todas as bananeiras. Se uma doença afectar uma plantação todas as outras reagem da mesma forma pois não existe diversidade genética.
Dentro de dez anos, e sem ajuda da biotecnologia e da manipulação genética, a banana poderia mesmo desaparecer.
1 comment:
Boa!
As coisas que a gente aprende a ler este blog!
Muito curioso e algo alarmante...será que corremos o risco de uma epidemia nos levar as bananas?
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