Wednesday, August 30, 2006

A IMPORTÂNCIA DE SE CHAMAR ERNESTO (HURRICANE ERNEST)

Já toda a gente interiorizou que os efeitos do Katrina, em 2005, não acabaram com a fúria do furação, mas perduraram ao longo do tempo...a destruição do espaço físico das zonas afectadas, como em New Orleans, foi sendo atenuada pela reconstrução das zonas afectadas, mas a destruição do espaço psicológico dos cidadãos que viram toda a sua vida ruir, será mais dificil de atenuar... Surge então Ernesto, o primeiro furação da temporada. Os especialistas sabem que está a ganhar força no oceano Atlântico e que se mantiver esta trajetória, Ernesto passará perto do Haiti - antes de atravessar Cuba na segunda-feira - e entrará no Golfo do México, onde poderá assolar a costa oeste do estado da Flórida como furacão de categoria um, a menor na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco. Apesar de "fraco", os ventos podem atingir entre os 150 e os 170 km/h, o que se traduz numa acção muito forte e violenta. A Administração Nacional de Oceanos e da Atmosfera dos EUA (Noaa) previu uma média de 11 a 15 tempestades tropicais e entre sete e nove ciclones, dos quais três poderiam ser "intensos", nesta temporada. Cada vez mais frequentes as tempestades tropicais? Cada vez mais intensos os furações? A culpa é do Aquecimento Global??? Uma coisa é certa, dentro de algumas décadas existem zonas agora ocupadas que terão que ser abandonadas por se tornar impossível a sua ocupação humana. É o caso da costa sudeste do EUA. Para mais informações consultar o site do Departamento de assuntos de Meteorologia, Oceanos, Clima e Atmosfera do Governo dos EUA (National Oceanic & Atmospheric Administration) http://www.noaa.gov

Sunday, August 27, 2006

PLUTÃO: O dEUS DESPROMOVIDO...

pois é... voltei de uns dias de inépcia... e quis inteirar-me do que se passa por esse mundo fora... Como sempre, um pouco de tudo o que é mau... Raramente, porém algo de diferente, como esta nova reorganização do sistema planetário, da qual a Terra faz parte. Desde a descoberta de Plutão, em 1930, que este planeta era conmsiderado um planeta gelado incluído no grupo dos planetas clássicos... pois na quinta feira, o comité executivo da União Astronómica Internacional, reunido em Praga, aprovou a "despromoção" de plutão, ficando o sistema solar reduzido a oito planetas ao contrário da proposta inicial de acrescentar o número destes corpos celestes. São então três as condições requeridas para se considerar um corpo um planeta: 1)estar em órbita em redor do Sol; 2)ter massa suficiente para que a sua própria gravidade o deixe com uma forma quase esférica; 3)ser um objecto dominante na sua órbita. É esta última condição que deixa de fora Plutão – cuja órbita atravessa a cintura de Kuiper, onde vagueiam milhares de corpos celestes – e os três novos candidatos que passam a ser considerados planetas anões. Fica por decidir duas questões: o nome dado a estes novos planetas anões(plutão, Ceres e UB313)e ainda o nome a atribuir ao próprio UB 313, descoberto em 2003, um corpo gelado a uma distância enorme da Terra, sem um nome oficial, mas batizado por MIke Brown, de Xena, uma homenagem à princesa guerreira... Aceitam-se sugestões para os futuros nomes... Vamos elaborar uma lista? Deixem as sugestões na caixa de comentários... que eu faço o resto (publicarei os nomes mais originais).

Tuesday, August 22, 2006

CAMPANHA QUERCUS... E DO MEU BLOG TAMBÉM

Em Defesa do Litoral Português" é o nome da campanha que a Quercus está a promover. Basta fotografar as situções consideradas um atentado à costa portuguesa e enviar as imagens por mail, para quercuss.litoral@clix.pt (com os dois ss no final),juntamente com nome ou anonimato, local e data das fotografias. A associação ambiental quer alertar para o ataque sem precedentes que está a sofrer a nossa costa, há já tempo demais (digo eu). Desde construções magalómanas em zonas protegidas, até situações de risco aos ecossistemas locais, o ataque à costa tem-se revelado um problema que no futuro trará muitos incovenientes ao país. Este tipo de iniciativa pretende ser um apelo ao direito de cidadania consciente e à crítica quanto a questões relacionadas com o ambiente e com a qualidade de vida das populações. Relembro que nos EUA, é frequente os cidadãos se organizarem, em torno de questões, que a nossos olhos podem parecer ridículas ou menores. um exemplo, não me custa nada imaginar um grupo de pessoas que vivam no mesmo bairro americano, que se mobilizem em torno da segurança no seu bairro ou em torno da separação dos lixos...ou...porque é que SOMOS UM POVO TÃO BRANDO, NOS COSTUMES??? Porque é que não evoluimos?

Sunday, August 20, 2006

CONHECIMENTO MUTÁVEL: NOVA ORDEM NO SISTEMA SOLAR

A IAU, União Astronómica Internacional apresentou uma proposta de alteração do número oficial de planetas do sistema solar, de nove para doze. Um projecto de resolução apresentado há dias à assembleia-geral da IAU, reunida em Praga, até 25 de Agosto, prevê que o sistema solar passe a incluir um asteróide, o Ceres, e dois outros planetas inscritos numa nova categoria a criar: a dos "plutões". Esta categoria deve o seu nome a Plutão, até agora o nono da lista dos planetas "clássicos" e o mais pequeno e mais afastado do sistema solar, que passaria a integrar um grupo à parte com o que tem sido considerado o seu maior satélite, Caronte, e o "objecto" 2003 UB-313, cujo nome proposto é Xena.
Os peritos reunidos em Praga, pretendem ainda uma nova redefinição do conceito de planeta: "um corpo celeste rígido, com massa suficiente para ter uma gravidade interna que lhe dê uma forma hidrostática equilibrada (quase redonda), em órbita em torno de uma estrela, não sendo nem uma estrela, nem um satélite de um planeta".
Assim, a nova ordem dos planetas, quanto à proximidade ao Sol poderá ser: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão, Caronte e 2003 UB-313.

Friday, August 18, 2006

O ACORDAR DO SONO...

O vulcão Tungurahua, localizado a cerca de 300 quilômetros ao sul de Quito, no Equador, com 5.029 metros de altura, iniciou o processo eruptivo em 1999, após mais de 80 anos dum sono relativamente profundo. A sua actividade tem-se pautado por períodos de maior explosividade e outros de maior acalmia. As erupções actuais provocaram já a retirada de pelo menos 400 famílias das suas imediações.
O Tungurahua voltou a entrar em erupção de maneira "explosiva" às 0h30 da quinta-feira, com a emissão de uma massa de material incandescente de oito quilómetros de altura, segundo os técnicos do Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional do Equador que monitorizam o vulcão de forma permanente. Foram registadas nas últimas 24 horas mais de 700 pequenas explosões, que causaram violentas vibrações, que levaram à quebra de vidros nas casas próximas. O ruído emitido era audível a mais de 30 km do centro da montanha.
O primeiro registo da actividade deste vulcão data do século XVI, no ano de 1534.
Para mais informações consultar o site da escuela politécnica nacional de Equador: http://www.igepn.edu.ec

Thursday, August 17, 2006

AS VOLTAS DAS CADEIAS ALIMENTARES...

O que é a doença das vacas loucas?
A doença das vacas loucas ou encefalopatia espongiforme bovina (BSE) é uma doença degenerativa que afecta progressivamente o cérebro dos bovinos. Começam a tremer, perdem o controlo dos seus movimentos, apresentam incapacidade para se levantarem e morrem rapidamente. Ao nível anatómico, a doença caracteriza-se pelo facto de conferir ao cérebro doente a aparência de uma esponja - um sinal que apenas se constata nas autópsias. daí o nome de "encefalopatia espongiforme bovina".
O que é que provoca a doença?
A doença é provocada por partículas chamadas "priões", que são versões anormais de uma proteína que, na sua versão normal, se encontra presente à superfície das células cerebrais dos bovinos. Quando os priões anormais entram em contacto com as proteínas normais, têm a capacidade de fazer com que as proteínas normais se tornem também anormais - uma espécie de "contágio" entre proteínas cujo resultado se assemelha a uma replicação (como a dos vírus) ou a uma reprodução (como a das bactérias). A multiplicação de partículas anormais no cérebro provoca a doença.
Qual o equivalente humano da doença?
A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Enquanto a doença das vacas loucas é uma encefalopatia espongiforme dos bovinos, a doença de Creutzfeldt-Jakob é uma encefalopatia espongiforme humana.
A BSE está relacionada com a doença de Creutzfeldt - Jakob?
Sim, a prova é que o governo británico anunciou em 1997, a existência naquele país de 10 casos "atípicos" de doença de Creutzfeldt-Jakob (chamada agora "nova variante de Creutzfeldt-Jakob") em pessoas jovens (ao passo que a versão clássica apenas afecta pessoas idosas). Existem inúmeros casos identificados no Reino Unido. e noutros locais da Europa.
Qual a origem da doença?
Os pesquisadores concluiram que a doença estava associada ao uso de apenas um produto: a farinha de carne e ossos (seja comprada para produzir rações na propriedade seja comprada como constituinte de rações prontas para uso, adquiridas no comércio). Essa farinha, conhecida nos países de língua inglesa como MBM (de "Meat and Bone Meal"), resulta da "transformação" industrial dos corpos de animais alguns dos quais, não podem ser destinados ao consumo humano. Tais animais são chamados eufemisticamente de "Animais Four-D". Os "D" são as letras iniciais das palavras inglesas:
"Disabled"-animais incapacitados, por alguma razão, para atividades básicas necessárias à sobrevivência e à produção, como alimentar-se ou andar;
"Diseased"- isto é, doentes;
"Dying" -no próprio processo de morte, isto é, em estado agônico;
"Dead"-já mortos na fazenda;
Independentemente da causa do problema que os retirava da cadeia alimentar humana, os animais 4-D seriam utilizados para farinha de carne e ossos. Essa farinha teria sido usada para constituir rações na alimentação de animais da mesma espécie que as usadas em sua produção. Este procedimento resultou na transformação de bovinos, seres herbívoros em seres carnívoros, comedores de indivíduos da mesma espécie possivelmente contaminados com agentes de doenças. Os priões (proteínas anormais) voltavam a entrar na alimentação dos bovinos devido à farinha produzida aprtir dos animais four D.
A doença torna -se de notificação obrigatória, e após o seu auge em 1993, os números da doença começam a declinar.

Wednesday, August 16, 2006

SABUGALITE: UM MINÉRIO RADIOACTIVO!

A crosta terrestre contém vários elementos radioactivos, na maioria pertencentes às famílias do Urânio e do Tório. Estes elementos radioactivos existem desde a formação do sistema solar e do nosso planeta, sendo pois de origem natural.

O Urânio, embora conhecido desde a Antiguidade, foi identificado e isolado em finais do século XVIII e início do século XIX. O Tório um pouco mais tarde, em 1828. Foram-lhes reconhecidas algumas propriedades como a elevada densidade e propriedades metálicas, mas não se conheciam, então, as propriedades radioactivas destes elementos.

Por essa altura ianda não se conhecia o que é a radioactividade: a desintegração espontânea dos núcleos dos átomos e as radiações ionizantes emitidas por estes elementos.

A radioactividade foi descoberta mais tarde pelo físico francês Henri Becquerel, em 1896.

Outros elementos radioactivos, descendentes do Urânio, como o Rádio e o Polónio, viriam a ser descobertos pouco depois por Madame Curie.

O distrito da Guarda, à semelhança doutros locais do país, é um distrito onde abundam as rochas graníticas. A relação entre este tipo de rochas e minerais com propriedades radioactivas é conhecida há bastante pelos geólogos.

A primeira concessão mineira, para extracção de minérios radioactivos terá sido a Rosmaneira, a que se seguiram outras situadas em redor da cidade da Guarda, de Aguiar da Beira e Trancoso.

O minério radioactivo era inicialmente exportado em bruto para França, mas a partir de 1912 a Fábrica de Sais de Rádio, na localidade do Barracão, perto da Guarda, iniciou a laboração. Na Fábrica do Rádio, moía-se a rocha uranífera, dissolvia-se o minério com ácido e separava-se o Rádio. Os resíduos desta extracção continham Urânio e outros elementos radioactivos, para os quais, na época, não havia aplicação.

A partir de 1945, com a descoberta da cisão do átomo de Urânio, este metal foi imediatamente valorizado e passou a ser o objectivo da exploração, perdendo o Rádio o valor que até aí conhecera. Novas minas foram abertas e exploradas ao longo dos anos.

Os distritos de Viseu, Guarda, Coimbra e as regiões da orla do maciço granítico, como o distrito de Portalegre são regiões onde existem minérios uraníferos, e como tal a radioactividade ambiental nestas regiões tende a ser mais elevada em comparação com outras regiões do país.

Nada de alarmante, pois os estudos indicam que as doses de radiação medida situam-se dentro dos valores normais e é possivel uma vida saudável desde que se siga algumas regras como é o caso do arejamento das casas, no caso do gás radão e que se evite as zonas onde se explorou e se efectuou o tratamento do minério de urânio.

Algumas espécies minerais com urânio, consideradas raras, eram especialmente abundantes no distrito da Guarda, tomando até designações próprias do local de extracção como é o caso do sabugalite (identificado pelo minerologista C. Frondel em 1951) existente na região do Sabugal.

No concelho do Sabugal existem dois tipos de minerais uraníferos, os chamados negros, onde se inclui a pecheblenda, e os coloridos, onde se destacam a autunite, a tobernite e o sabugalite.

Destes minerais, negros ou coloridos, extraía-se, por exemplo, o óxido de urânio que depois de sucessivas transformações em estações fabris especializadas era exportado para o estrangeiro.

Numa altura que se volta a falar de energia nuclear em Portugal , como forma combater a enorme dependência do petróleo, acham que seria viável uma central nuclear em Portugal? Porquê?

Relembro que foi colocada a hipótese da sua construção, no Parque do Douro Internacional, próximo de Mougadouro.

AS FOTOS DAS CRIATURAS....(ALFORRECAS PARTE II)

ALFORRECAS...PARTE II Fotografias captadas in loco na Marina de Ovar, em Agosto de 2006, ao meio dia por mim... Se alguém conseguir identificar a espécie e souber o nome exacto....aqui fica o repto....eu fico à espera, assim como os milhares de visitantes do meu Blog, espalhados pelo mundo.

ALFORRECAS DA NOSSA COSTA

No Brasil estes seres são chamados Águas Marinhas, Mães de Água ou Águas Vivas(geralmente mais pequenas).
A primeira vez que ouvi falar de alforrecas ou medusas foi nos anos 90, a propósito das nossas criativas cantoras pimba, quando estas se vestiam de branco e cantavam algo do tipo... maldito amor que me enloqueces...pareces que fazes bruxedo... ou algo tipo podes ficar com as joias, a casa e o carro...Enfim, um drama. Naquela altura estas cantoras encantavam a malta, nas queimas das fitas...
Tinha uma colega da faculdade, que comparou uma vez, a vestimenta dessas cantoras antes chamadas de pimba, agora românticas, com as alforrecas: panos transparentes, de cor branca e esvoaçante...tudo fazia assemelhar-se a estas criaturas.
Desde esse dia, sem saber porquê, e talvez pelas razões erradas esses seres intrigam-me.
Voltei a ver medusas ao vivo, quando se realizou a Expo 98, em Lisboa, no Parque da Nações, no Pavilhão do Futuro. Aqui, num aquário, estes seres pretendiam mostrar a sua fragilidade perante um oceano de maus tratos.
Entretanto, estive a passar uns dias na costa entre Aveiro e Porto, e eis que na Marina de Ovar vislumbro nas águas, junto às embarcações, umas alforrecas gigantes, de cortar a respiração.
Um dos encontros imediatos a que está sujeito qualquer banhista das mais ocidentais praias da Europa é precisamente com as alforrecas ou medusas, espécies que, em contacto com a pele humana, produzem sensações urticantes. As alforrecas têm uma estrutura campaniforme, na base da qual se encontram diversos tentáculos. Das espécies que aparecem na nossa costa a mais perigosa é provavelmente a Pelagia Noctilua, de cor rósea ou avermelhada, que emite luminesência quando incomodada. O contacto com as espécies urticantes das praias portuguesas pode provocar dores musculares, inchaços e reacções que uma amiga enfermeira presente no local, designou como resposta anafilática, que se pode traduzir em última instância, por obstrução respiratória. As picadas de alforrecas podem provocar ainda problemas cardíacos. 0 quadro clínico destes contactos é, no entanto, benigno a as sensações estranhas de comichão podem desaparecer pouco tempo depois.
Na vizinha Espanha, o caso é bastante mais grave, uma vez que várias praias estão interditas a banhos, este Verão, devido à presença destes seres. A invasão estende-se às praias da Catalunha, Valência, Múrcia, Costa do Sol, Baleares e à cidade de Ceuta e Melilha, na costa africana.
A subida da temperatura da água do mar é apontada como uma das causas do aumento do número elevado de alforrecas, já que lhes proporciona mais alimento. Por outro lado, os especialistas e responsáveis da área da saúde garantem que o fenómeno resulta de mudanças climáticas e do desaparecimento de predadores naturais, como as tartarugas e o atum.
No dia em que me desloquei à Marina de Ovar, encontravam-se no local dois Biólogos da Universidade de Aveiro para realizar análises toxicológicas às águas do local.
O que fazer em caso de contacto / picada pelas alforrecas?
Deve lavar-se muito bem a zona afectada com água corrente a aplicar em seguida uma pomada anti-inflamatória. Nos casos mais graves, quando ficam alguns tentáculos agarrados à pele, deve começar-se por retirá-los, aplicando de seguida talco, bicarbonato de sódio ou mesmo creme de barbear na zona afectada.A forma mais segura de não ser atingido por estas sensações urticantes provenientes dos contactos com as alforrecas é resistir à tentação de pegar nelas, seduzido pela sua textura gelatinosa. Também não se deve agarrar nelas directamente com as mãos, para as remover da areia. E muito menos lançá-las para longe, pois é ao fazer esse gesto que os banhistas são atingidos...
Nas praias do distrito de Aveiro, os banhistas reclamam informação acerca da presença destas estranhas criaturas tal como a informação obrigatória ao público sobre a qualidade da água e os números de emergência em caso de acidente.
Para aprofundar os conhecimentos, consultar o site da University of New South Wales, Australia, onde se aborda em pormenor a questão dos Jellyfish.
Consultar o site:
Uma curiosidade gastronómica: algumas variedades destes bichos cnidários são um manjar para os chineses...acreditam nisto? É de ficar com os olhos em bico.

Tuesday, August 15, 2006

A AMAZÓNIA E A SUA (HIPOTÉTICA) INTERNACIONALIZAÇÃO

Pediram-me para ajudar a divulgar este texto censurado. Uma vez que é relativo a um assunto que faz parte dos meus interesses enquanto cidadão do mundo...aqui vai. Por outro lado quem sabe se não promovo um debate acerca de um bem que se encontra seriamente em perigo?
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da ávida. Comecemos usando essa ávida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "

MARS ATTACKS...OUTRA VEZ BOATOS ASTRONÓMICOS

Recebi um mail que referia o facto de que o planeta Marte seria o planeta mais brilhante no céu no mês de Agosto. Estaria ainda, segundo a mesma informação, mais próximo da Terra, podendo ser observado a olho nú:
"O planeta Marte será o mais brilhante no céu nocturno a partir de Agosto. Ele poderá ser observado a olho nu, tão grande quanto uma lua cheia, especialmene no dia 27, quando vai estar mais próximo da Terra. Não deixe de observar o céu na noite de 27 de agosto, à meia-noite e meia, você verá duas luas!!!Não perca. A próxima vez que Marte vai aparecer assim será em 2287. "
Ora bem. Como sou um ser de ciência, e por isso acredito que a ciência não resulta de boatos ou ideias falsas que à força de serem ventilados cada vez com mais insistência se tornam factos, fui efectuar as minhas pesquisas e tentei falar com quem de direito...
Não me considero nem de longe especialista em fenómenos celestes, mas sou apenas um curioso do céu, que às vezes olha para cima e se interroga acerca dos corpos que gravitam por cima das nossas cabeças.
A suposta notícia é falsa. Segundo outro Blog dedicado a temas da ciência (http://caisastro.blogspot.com/2006/08/marte-do-tamanho-da-lua.html) o planeta Marte vai estar do outro lado do sistema solar a mais de 300 milhões de km da Terra. Vai ser pequeno e relativamente pouco brilhante. O mais próximo que a Terra vai estar de Marte este ano será em 30 de Outubro, a cerca de 69 milhões de km.
Estas informações circularam em sites no ano 2003 relativos à proximidade do planeta nessa altura...
Já agora porque não navegar no site da NASA, e fazer o ponto da situação acerca da construção da Estação Espacial Internacional?
Ou saber mais sobre aquele telescópio que já foi miope e agora já não o é, o Hubble?

ACÁCIAS: BONITINHAS, AMARELINHAS, MIMOSAS...MAS INVASORAS!

Ao longo do território português, a presença de espécies de Acacia tem-se tornado um sério problema a nível ecológico.
As acácias são arvores invasoras, devido a várias razões, entre as quais:
  1. à grande facilidade que possuem em se propagarem;
  2. à sua capacidade de competição com outras espécies vegetais;
  3. à sua enorme adaptabilidade a muitos tipos de solo e climas.

Mesmo quando se cortam pela raíz, conseguem voltar a rebentar, pelo que constituem a prova como por vezes cortar o mal pela raiz não é suficiente.

As sementes desta planta são pirófilas uma vez que a germinação é beneficiada pelo fogo. As sementes são portanto muito resistentes, algumas delas podem permanecer no solo por um período prolongado de tempo até cerca de 600 anos, o que equivale a mais de meia duzia de gerações numa família. Muitas áreas ardidas, com o tempo, acabam por tornar-se acaciais. Como crescem de forma rápida, não permitem que se instalem outras espécies. O mal seria menor se estes acaciais fornecessem abrigo a animais autóctones. Mas não é isso que acontece. Estes matagais acabam por originar desertos verdes, que são monótonos devido à reduzida biodiversidade que encerram.

Genericamente a espécie Acácia é originária da Tasmânia, Austrália e foi introduzida em Portugal, pelos Serviços Florestais, cerca do século XIX, nas Zonas do Litoral Português e em Parques Naturais. O objectivo inicial era o de consolidar e estabilizar dunas, e nos Parques Naturais servia como sebe natural de protecção das culturas.

Este assunto vem a propósito dos fogos florestais. Como as zonas ardidas se tornam áreas apetecíveis para estas plantas, é urgente a erradicação desta espécie invasora que não acrescenta nada de bom aos ecossitemas... a bem da biodiversidade.

Projecto de controlo e erradicação de invasoras num ecossitema atingido. Realizado pelo Departamento de Botânica da UC, com a coodenação da Professora Doutora Helena Freitas:

http://www.uc.pt/invasoras/controlo_biologico.pdf

Monday, August 14, 2006

BLOGS QUE INSPIRAM

Porque este é um dos blogs que me inspirou.... boa viagem aos dois.... http://pararparaviajar.blogspot.com/

OUTRA VEZ OS FOGOS... UMA QUESTÃO DE SUBDESENVOLVIMENTO

Alguma coisa está profundamente errada quando num país como Portugal, ano após ano, o cenário se repete de forma invariável... Os prometidos meios aéreos para o combate às chamas, as campanhas de sensibilização no que toca à prevenção e tudo o mais que possam prometer e fazer não são de longe suficientes para a gravidade da situação... É triste quando o entretenimento veraneio das populações é o combate às chamas.... É triste, num país com tanto problemas estruturais por resolver, como é o caso deste portugalinho, que não se pode dar ao luxo de desperdicar, ocorrer este atentado à nação, à cadência anual sempre que chega o calor e principalmente o mês de Agosto ... Uma das nossas fontes de riqueza (a floresta portuguesa) está irremediavelmente comprometida para sempre... Uma viagem de carro torna-se algo de melancólico e medonho... A paisagem torna-se feia... A recuperação natural dos ecossistemas ardidos é lenta e demora demasiado para os interesses do país... Sem arvóres não existe fixação de água e humidade num solo....
Sem coberto vegetal, o solo não é retido, promovendo-se de forma mais célere a erosão...
Sem solo, não há agricultura....apenas rocha nua e crua, exposta aos agentes de meteorização e de erosão.... A água é um bem natural, renovável pelo ciclo hidrológico mas cada vez mais escassa... Sem água não há vida... é uma frase banal mas correcta do ponto de vista científico que a custo de ser repetida vezes sem conta caiu no domínio das frases feitas... As imagens de satélite da Península Ibérica mostram um aspecto desértico, da zona onde se situa a capital espanhola, Madrid para Sul, e o equivalente do lado de Portugal, onde dentro de poucos anos o fenómeno da Desertificação impedirá qualquer forma de vida humana...
Porque é que não se faz verdadeiramente NADA? Em termos preventivos e na intervenção mais eficaz no terreno? Porque é que esperam para a URGENTE REFLORESTAÇÃO???

IDEIA LUMINOSA

Uma equipa do Departamento de Ciência Animal da Universidade Nacional de Taiwan injectou uma proteína verde fosforescente em embriões de porcos conseguindo produzir três machos transgénicos.
Os cientistas dizem ter injetado o DNA de águas-vivas (nome dado a certas alforrecas) em cerca de 250 embriões de porcos, que foram implantados em oito porcas. Quatro delas emprenharam.
"Existem porcos verdes parcialmente fosforescentes em outros lugares, mas os nossos são os únicos do mundo que são verdes de dentro para fora. Até seus corações e órgãos internos são verdes", disse o professor Wu Shinn-Chih, do Instituto e Departamento de Ciência Animal daquela Universidade.
Os cientistas afirmam que durante o dia, os dentes e patas dos bacorinhos são verdes, incluindo a tonalidade da pele. Ao cair da noite, e iluminados de forma conveniente (por exemplo com uma luz azulada) tornam-se brilhantes!!!
Qual a rentabilidade em termos práticos de tudo isto? Bem, parece que o objectivo é estudar algumas doenças humanas através destes simpáticos bichos verdes, que devido à sua cor, permitem maior visibilidade em determinado tipo de operações.
Para aqueles que têm dúvidas acerca do fenómeno aqui está uma fotografia comprovativa do que foi acabado de ser revelado. A noticia foi tornada pública no início deste ano de 2006, mas só agora me lembrei de lhe dar o devido destaque. Quem quer um pouquinho de presunto fluorescente?
Devido aos curiosos métodos de ensino da escola Experimental, não se aprendia muito Francês nem Matemática nem Latim ou coisas desse tipo; mas aprendia-se muito sobre a maneira de passar despercebido.
C. S. Lewis, Narnia Cronics, 1953
"Não é possivel perceber o que se passa na educação em Portugal, sem conhecer um debate de ideias -umas vezes surdo, outras agressivo - que divide a opinião pública, cria desconforto entre profissionais de educação e pauta tomadas de posição de políticos e decisores. De um lado surgem pessoas , ideias e atitudes que têm tido um papel dominante na política educativa(...) Do outro lado surge uam opinião pública difusa, que se manifesta descontente com o estado actual da educação e que tem a noção intuitiva de terem sido os teóricos da pedagogica dita moderna a conduzirem à situação presente.(...)." Assim se inicia o prólogo do livro que escolhi para algum tempo das férias de Verão, dedicadas à leitura. O autor é o Professor Nuno Crato, doutorado em Matemática Aplicada, nos Estados Unidos da América e que lecciona actualmente no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. O título do livro, "Eduquês" em discurso directo, pretende ser uma reflexão crítica acerca das chamadas novas teorias da Educação, assentes na pedagogia Romântica e Construtivista.
Para ler com algum sentido crítico... da editora Gradiva.

Saturday, August 12, 2006

OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE LEPIDÓPTEROS

Para o cidadão comum, qualquer animal com antenas, com mais de quatro patas, apêndices no geral, é considerado um insecto. Na realidade, esta ideia está incorrecta, pois engloba vários animais pertencentes a vários grupos diferentes. O grupo (filo) dos artrópodes, do grego arthros, articulação e podos, pés, significa presença de pés articulados e caracteriza-se pela presença de espécies com exosqueleto – esqueleto externo, extremidades articuladas, como é o caso de patas e antenas e ainda pela divisão do corpo em segmentos: cabeça, tórax e abdómen. Todos os ambientes terrestres possuem artrópodes, e existem fósseis desde o Câmbrico (muitíssimo anterior à era dos dinossauros), o que comprova o sucesso evolutivo destes animais. Pertencente ao filo dos artrópodes, o grupo dos insectos, o mais numeroso do reino animal, evidencia uma admirável variedade de formas e ciclos de vida, colonizando todo o tipo de habitats, excepto o meio marinho subaquático (segundo Ernestino Maravalhas, autor do livro: as Borboletas de Portugal). Quais as características que identificam e caracterizam um insecto? A presença de três pares de patas, um par de antenas e de um ou dois pares de asas, são as particularidades necessárias para caracterizar as formas adultas da maioria das espécies de insectos. A definição de insecto é, no entanto complexa, pois existem diferentes estádios de desenvolvimento, as metamorfoses, nas formas complexas, levando as formas juvenis a afastarem-se do aspecto típico do insecto adulto. O corpo dos insectos divide-se nas três partes, apresentando a cabeça as peças bucais, que reflectem a alimentação dos animais, o tórax, local de inserção das patas e das asas; o abdómen, que aloja vísceras – órgãos reprodutores e parte do aparelho digestivo. O nome lepidóptero, pouco ou nada diz à maioria das pessoas, mas representa, em nomenclatura científica, o grupo (ordem) das borboletas, que corresponde a um tipo de insectos que existem. Os lepidópteros distinguem –se dos outros insectos devido à sua metamorfose complexa. Estas transformações englobam quatro fases: ovo, lagarta, crisálida e o insecto adulto. O regime alimentar é muito diferente conforme o estádio de desenvolvimento: a lagarta consome grandes quantidades de vegetais, enquanto que a crisálida permanece completamente inerte, sem qualquer alimentação. Nas formas adultas, há espécies que não chegam a alimentar-se apenas servindo para a reprodução enquanto que outras consomem avidamente néctar e outros nutrientes. O projecto de observação e identificação de borboletas TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, corresponde a um centro criado na dependência do Museu Nacional de História Natural (MNHN), Museu Bocage, com a finalidade de reunir uma equipa de trabalho especialmente dedicada ao estudo das borboletas (Insecta: Lepidoptera) numa perspectiva de conservação da diversidade da fauna em Portugal. Para isso, este centro disponibiliza às escolas a possibilidade de aderirem ao dia B - Observação e Identificação de Borboletas, fornecendo material de apoio adequado e orientações aos professores coordenadores do projecto nas escolas, para a implementação do dia B. Conhecer e interpretar as ameaças que estão a sofrer estes insectos é também compreender a difícil situação ambiental que o homem vive actualmente. A conservação das borboletas está sujeita a inúmeras ameaças entre as quais, a destruição do seu habitat natural, para fazer face ao crescente desenvolvimento das zonas urbanas. A substituição de sobreiros, azinheiras, medronheiros e carvalhos, por plantações de pinheiros e eucaliptos, é outro dos problemas, uma vez que a diversidade vegetal nestes locais é reduzida. Outros factores de risco existem mas constituem os inimigos naturais dos lepidópteros: os ovos são uma recompensa para predadores de grande porte, que chegam a ser dízimados pelas aves em cerca de 95% dos casos. Assim, as fêmeas são bastante criteriosas na postura dos ovos. As lagartas são tenras e muito nutritivas constituindo um manjar para piscos e chapins. Algumas apresentam por isso cores berrantes e aspecto tóxico para confundir os predadores. Estes animais, apesar de frágeis, pertencem a um grupo de seres, os insectos, cujo sucesso em termos de colonização ao longo da História da Terra, é evidente. Muito terá contribuído a capacidade de voar, que terá permitido a dispersão máxima em termos de espaço. Os estudos de inventariação regular quanto à abundância de borboletas permite detectar mudanças (declínios e expansões) a longo prazo e assim adoptar medidas adequadas à sua preservação ambiental. Para mais informações: www.tagis.net

Friday, August 11, 2006

QUANDO O OCEANO PASSOU PELO ALENTEJO...

Um convento do século XVII, Convento das Maltezas, em Estremoz, abriu as suas portas há menos de um ano para receber um centro de Ciência Viva dedicado ao Planeta Terra – Um Planeta Dinâmico, com cerca de 70 módulos científicos que permitem aos visitantes compreender a complexa relação entre os processos geológicos activos no nosso Planeta. Neste novo centro de ciência é possivel assistir a uma erupção num vulcão de 4 metros de altura e conduzir uma bicicleta solar, entre outras actividades. Estes módulos são apenas alguns dos desafios que se podem encontrar. Tudo isto na presença da única réplica de um esqueleto de um Tyrannosaurus rex existente em Portugal. A exposição temporária Evolução: resposta a um planeta em mudança e uma videoconferência possivel no final, complementam a oferta deste espaço de divulgação científica aos visitantes.
Existe ainda a possibilidade de ser efectuada uma saída de campo a uma das pedreiras de mármore da região, cuja exploração é feita a céu aberto, fazendo-se o desmonte segundo pisos de 5 a 10 metros de altura. As pedreiras de planície, como a que visitei, desenvolvem-se em poço, apesar deste tipo de exploração ser penalizada em termos de impacto ambiental causado pelas escombreiras. A profundidade da pedreira visitada, atinge os cinquenta e tal metros, que ezpantará certamente os visitantes pouco habituados a estas profundidades. Por razões de segurança os monitores escolhem uma das pedreiras menos profundas para ser visitada. Os visitantes concluem ainda que neste local o jazigo de mármore é explorado com o mínimo de desperdício de rocha, tendo sido desenvolvida uma técnica de desmonte com uma máquina que possui um fio diamantado, que como o nome esclarece, utiliza o diamante junto com um jacto de água para arrefecimento, para efectuar o corte da rocha. Na parte terminal da visita ao local de exploração de mármore, pode-se recolher amostras de mão, de mármore estremenho, que possui uma cor branca, praticamente imaculada, que o torna muito apreciado em muitos países do mundo, chegando inclusive a ser vendido para outros países provavelmente com outra origem que não a portuguesa. Para além da cor desta rocha metamórfica, a textura e a granulometria ajudam a definir os vários tipos de mármore. A variedade existente na região é considerada valiosa em termos de propriedades exibidas, que a torna elevada em termos de qualidade e custo associado. As diferentes tonalidades que podem surgir derivam da presença de impurezas, por exemplo, como o caso dos óxidos de ferro e manganês, na estrutura da rocha. A exploração de mármore, uma das actividades mais marcantes da região de Estremoz e Vila Viçosa é bastante antiga pois data do tempo dos romanos. A comprovar este facto destacam-se os vestígios existentes da actividade extractiva na zona de Vila Viçosa. Pode-se assim, romper por um dia, as paredes dos laboratórios de geologia para ir ao encontro do material exposto, interagindo, experimentando e descobrindo os vários aspectos abordados no centro.
O centro de Ciência Viva de Estremoz revelou estar bastante actualizado relativamente aos novos programas que são leccionados nas escolas portuguesas para a disciplina de Biologia/Geologia, na componente da Geologia, para o 11º ano de escolaridade.
Para mais informações consultar: http://www.estremoz.cienciaviva.pt/

ESTREMOZ E A INDÚSTRIA MARMOREIRA...

Fotografias de uma pedreira de mármore em Estremoz, onde se faz o desmonte a céu aberto...
Em Portugal, os mármores de Borba, Vila Viçosa e Estremoz são de grande importância económica, dada a sua beleza, sendo as variedades "rosa-aurora", "rosa- salmão" e "Branco- estatuária" as mais procuradas.
Na minha opinião, o mármore de Carrara (Itália) que Miguel Ângelo utilizou para esculpir La Pietà, é de uma pureza impar, mas o marmore alentejano, a avaliar pelas amostras que recolhi, não lhe fica atrás....
Pelo que vi, nem só de bom vinho vivem as gentes desta região...
De bom mármore também.